Tenho algo ousado (para alguns) a dizer:
Me criei na rua e o rap foi meu pai.
É isso mesmo !
"Meu conceito é de rua
Tentaram mudar minha mente
Manipular minha gente
Defendo minha conduta como deus defende o crente"
Alguns conceitos que a gente vai formando na infância junto com a personalidade, por meio de introjeção, fiz na escola de música com a mais forte filosofia de vida: o rap.
Conceitos como o de respeito e fidelidade eu não podia ter aprendido de melhor maneira.
Gosto de pensar que se você faz um amigo no rap, assim será para toda uma vida.
Isso explica, talvez, a minha rigidez nas minhas condutas, minha intolerância com a alienação e minha revolta com outras questões..
Ser filho do RAP é uma faca de dois gumes (afiada para os dois lados). Ora você se sente forte por ter princípios em que se basear, ora se sente fraco por se encontrar à margem de uma sociedade alienada e junto a uma minoria sofre julgamentos precipitados, tendo seus princípios desvalidados.
Costumo dizer que você não escolhe escutar RAP.
O RAP escolhe você.
É como querer ler um livr com um conteúdo o qual você não se identifica. Seria uma leitura maçante e sem proveito. Já falei num texto do blog que ninguém se da ao luxo de escolher o autor que vai ler.
Com a música não é diferente. A junção de ritmo é um composto que deseja passar uma mensagem. Se o ritmo não te atrai e a letra não te toca, nada temos a fazer.
O RAP é identificação. Empatia. Simpatia.
Se o rap te escolheu você está fadado e viver com ele e morrer por ele.
Ser filho do Rap é buscar conceitos, Já os nossos filhos, nós que já aprendemos e sofremos um pouquinho mais, vão ser melhorados, mais ligeiros, mais práticos que eu, e não vão rodar tanto em volta do objetivo, vão direto ao foco.
ResponderExcluirNão entendi o que quis dizer com relação aos filhos.
ExcluirNo mais, é isso mesmo. Sofrimento serve pra isso, formamos mapa mental e evitamos que aconteça de novo. Vulgo: experiência.